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Dicas│Algumas dicas para não cair em golpes pelo WhatsApp

Com a popularidade do WhatsApp fraudadores têm feito dele um meio para aplicar golpes. Nos últimos meses, mensagens oferecendo vantagens que vão desde saque de cota do FGTS a promoções em redes de fast-food e em lojas de cosméticos têm invadido o aplicativo. Especialistas alertam que os usuários devem desconfiar e não clicar nos links. As promessas são falsas e expõem as pessoas a sérios riscos.

Uma das mensagens, no mínimo, atraente diante de um universo de 12,4 milhões de desempregados, é puramente enganosa. Nela é oferecida a cotistas do FGTS a oportunidade de sacar R$1.760. Houve mais de 600 mil compartilhamentos. 

Outra oferece cupons de desconto em promoções "imperdíveis". As mais conhecidas são de O Boticário e do Burger King, sem contar nas passagens aéreas gratuitas da viação Gol. 

Fuja! É golpe não é boato! A dica de especialistas é uma só: não clique e não compartilhe. As mensagens podem conter um programa espião (malware) que será instalado no telefone sem que o usuário saiba e roubará dados pessoais, logins, senhas, fotos e etc. Desconfie sempre de ofertas de dinheiro que pode entrar no bolso de forma fácil e não clique nem mesmo abra mensagens suspeitas. Além disso, para proteger amigos e parentes, não compartilhe publicações deste tipo. Mesmo não realizando a propagação de um malware, esses ataques podem causar prejuízos financeiros às vítimas. 

Como funciona

Em todas as mensagens, seja de cupom ou de anúncios, a premissa é que para receber o benefício o usuário precisa compartilhar a mensagem. Normalmente o link leva o usuário a página de cadastro. Nela são pedidos dados pessoais e outras informações. 

Especialistas dizem que a intenção primária do golpe é redirecionar audiência a aumentar o número de cliques em páginas, o que dá dinheiro, mas é possível usar dados de vítimas para fazer cadastros em serviços pagos, o que gera receita para os cibercriminosos. Isso ocorre porque o tal site direciona a algumas páginas de downloads de outros aplicativos. E é justamente nele que o programa espião está escondido. Depois de instalado, ele "faz a limpa".

Há outros casos em que o site pede para o usuário preencher o número do celular. Uma vez informado, é registrado em serviços que descontam valores semanais (como R$ 3,99, R$4,99) do plano. O que acaba com os créditos. 

Para evitar armadilhas, Roney Belhassof, orienta que antes de clicar ou compartilhar, busque fontes conhecidas e confiáveis sobre o que recebe. "Infelizmente é tarefa bem difícil já que a internet é uma nuvem... Aliás, neblina densa", diz.

Atenção ao instalar aplicativos pode evitar a entrada de malware é o que recomenda Marcio Beck, "Sempre que baixar, verifique se as permissões (acesso a contatos, localização) são compatíveis com a função do aplicativo", orienta. "Caso se arrependa, as permissões podem ser gerenciadas na função "Aplicativos" nas configurações", diz. 

Especialistas orientam como não ser mais uma vítima do cibercrime 

Ninguém está livre de ser vítima de golpe, mas seguindo algumas dicas é possível ficar longe das garras de cibercriminosos. De acordo com Belhassof, algumas sugestões (que ele passou para a própria mãe, inclusive) são: use o WhatsApp somente para falar com amigos e amigas; desconfie de tudo que não for escrito pela pessoa que te mandou a mensagem, pergunte sempre para um amigo "fera" na internet se a busca no Google também der resultados estranhos, no WhatsApp ou fora dele sempre busque confirmação das notícias em veículos conhecidos e confiáveis. Uma outra dica muito importante é para usar o bom senso. "Essa notícia é verossímil? Já viu acontecer parecido? Tem algum furo, algum ponto que te deixa com a pulga atrás da orelha?" 

Uma outra possível porta de entrada para vazar dados são os "testes" no Facebook, brincadeiras como a de ver quem vai ser seu par, ou compatibilidades. Toda vez que o usuário clica em compartilhar o resultado dos testes permite acesso para aquela determinada página publicar em seu nome. O que é diferente de compartilhar um link que algum amigo postou. Para ter permissão para publicar, a página precisa ter acesso ao perfil do usuário e ninguém esclarece muito bem qual a profundidade desse acesso. 

Saiba avaliar se a mensagem de texto é segura 

Normalmente as mensagens que vêm com "algum brinde", além de pedir que encaminhe para conhecidos, clicar em um link para obter vantagem, também costumam ter os seguintes problemas: erros ortográficos ou gramaticais; pedem que encaminhe número de telefone, cartão de crédito, conta bancária, data de aniversário e senhas; além de pedir que a vítima clique em um link específico e ative um novo recurso. 

A orientação do próprio WhatsApp é para, quando receber uma mensagem de um número desconhecido (ou ainda não cadastrado na sua agenda), reportar este mesmo número como spam diretamente no aplicativo, segundo informações do site TechTudo

No caso de receber uma mensagem de spam de um de seus amigos ou familiares, a orientação ao aplicativo é: apagar a mensagem, não clicar em nenhum link e não fornecer nenhuma informação pessoal. Informe ao seu contato que o conteúdo da mensagem que ele enviou para você é, na verdade, spam e o direcione para a página de segurança (faq.whatsapp.com).

Mesmo incentivando o usuário a enviar o conteúdo de correntes ao suporte, o WhatsApp não possui uma política clara do que faz com as denúncias depois que elas são enviadas ao app, informa o TechTudo. "Tenha em mente que, geralmente, nós não possuímos o conteúdo da mensagem disponível para nós, justamente para garantir a segurança e confidencialidade de suas mensagens", diz o documento do FAQ. 

O WhatsApp informou que todas as solicitações são analisadas, inclusive por pessoas que falam português. Ainda segundo a empresa, o WhatsApp também pode banir temporária ou definitivamente um usuário e essa análise é feita caso a caso. Caso isso ocorra, o usuário verá a seguinte mensagem: "O seu número de telefone está proibido de usar o WhatsApp. Entre em contato com suporte para obter ajuda".

Com dados de:
Roney Belhassof, especialista em cibercultura
Camillo Di Jorge, especialista de segurança da informação da Eset no Brasil
Marcio Beck, jornalista e editor de conteúdo web
Jornal O Dia

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