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As maiores lendas urbanas do futebol

O futebol é um terreno fértil para a propagação de histórias que não são tão verdadeiras assim. Você possivelmente já ouviu falar que Lionel Messi é autista, que o meia italiano Marco Verratti é um transexual ou a velha história propagada – que se você soubesse, ficaria enojado – toda vez que a Seleção Brasileira é eliminada de uma Copa do Mundo. Bem, você provavelmente já recebeu alguma dessas informações em seu WhatsApp ou Facebook, porém, esses três clássicos da cultura futebolística contemporânea não passam de lendas urbanas, ou fake news, para usar um termo mais da moda. 

Como surgiu a lenda que Messi é autista? 

Lionel Messi foi diagnosticado durante a infância com Síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo, e algumas das características dessa condição até ajudaram-no a se tornar um dos maiores nomes das história do futebol. 

Curiosamente, essa história não nasceu na Argentina, país onde Messi nasceu, e nem na Espanha, para onde se mudou no começo da adolescência. Os boatos sobre um possível quadro de autismo de Messi só ficaram famosos depois de ganharem uma mãozinha brasileira. 

Em 2013, o escritor e jornalista Roberto Amado, sobrinho de Jorge Amado, publicou em seu site “Poucas Palavras” que o então melhor jogador do planeta havia sido diagnosticado com Asperger quando tinha oito anos. O texto trazia uma série de características de Messi que comprovariam seu autismo: a timidez com a imprensa, seu estilo de finalização e o uso de dribles parecidos, que indicariam um gosto por padrões repetidos, uma das características dos portadores da síndrome.

O texto se espalhou pela internet. A família de Messi, no entanto, sempre negou que o camisa 10 tenha sido diagnosticado com a síndrome. O médico responsável por tratar a deficiência hormonal que atrapalhou o crescimento do craque durante a infância, chegou a classificar o assunto como “bobagem”. 

Apesar das negativas oficiais, dos diagnósticos médicos de quem tratou o craque e dos relatos dos biógrafos, ainda há muita gente nas redes sociais que insiste que Messi é sim autista e que simplesmente decidiu esconder essa condição da imprensa mundial por não lidar muito bem com ela. 

E é essa crença que fez do autismo do craque do Barcelona uma grande lenda urbana. 

Como surgiu a lenda que meia do PSG era uma mulher? 

Não, Verratti não é transexual. Ele nasceu em corpo masculino, sempre foi e continua sendo do sexo masculino. 

Essa lenda futebolística dos tempos modernos foi publicada pela primeira vez em 2015 pelo “Football France”, um site francês especializado em criar Fake News. 

De acordo com a publicação, o verdadeiro nome de Verratti seria Maria. O artigo conta até com entrevistas falsas do próprio jogador (“o mais difícil é ter de raspar a cabeça e não usar maquiagem”) e de Ibrahimovic (“Marco nunca tomou banho no vestiário). 

O mesmo “Football France” já andou espalhando outras histórias absurdas, que não viralizaram tanto quanto a questão do gênero de Verratti, como um suposto romance entre Messi e a cantora escocesa Susan Boyle e a condenação do ex-atacante Nicolas Anelka a 40 anos de prisão por comer uma vaca na Índia. 

Se as pessoas soubessem, ficariam enojadas 

“Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas!” Com certeza você já se deparou com esta frase após uma eliminação da Seleção Brasileira. Ela começou atribuída a um jogador da seleção espanhola, mudou para um atleta do Brasil e precede uma suposta revelação bombástica: o país teria vendido a Copa, e os atletas, decepcionados, ficaram tão abatidos que acabaram perdendo a partida. 

A suposta carta é uma das mais tradicionais correntes do mundo do futebol. O texto é quase o mesmo distribuído pela web desde que o Brasil perdeu a final em 1998. Apenas os nomes mencionados, as datas e os valores são alterados que carta por carta. 

A origem do rumor não é exata, e a única certeza é que não foi o tal Gunther Schweitzer quem escreveu a carta. Ele realmente existe, porém não é um jornalista e recebeu o e-mail original em 2002. Na época, trabalhava na Volkswagen e acreditou na mensagem, que encaminhou a todos os seus amigos. Só que o texto, por culpa de um descuido e do Outlook, acabou indo com sua assinatura, o que fez com seu nome acabasse associado a essa bomba eternamente. 

Veja abaixo o e-mail original recebido por Gunther, em 1998: 

Talvez, isso explique a razão do jogador Leonardo ter declarado a seguinte frase: “Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas”. Todos os brasileiros ficaram chocados e tristes por terem perdido a Copa do Mundo de futebol, na França. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos. 

Fato comprovado: O Brasil VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares brasileiros foram avisados, às 13:00 do dia 12 de Julho (dia do jogo final), em uma reunião envolvendo o Sr. Ricardo Teixeira (na única vez que o presidente da CBF compareceu a uma preleção da seleção), o técnico Mário Zagallo, o Sr. Américo Faria, supervisor da seleção, e o Sr. Ronald Rhovald, representante da patrocinadora Nike. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o penta-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo. 

A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$70.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) por meio da empresa Nike. Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa Nike nos próximos 4 anos terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como o próprio Ronaldo, Raul, da Espanha, Batistuta, da Argentina e Roberto Carlos, também do Brasil. 

Mesmo assim, Ronaldo se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Zagallo a escalar o jogador Edmundo, dizendo que Ronaldo estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais). A sua situação só foi resolvida após o representante da Nike ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira. 

Assim, combinou-se que o Brasil seria derrotado durante o ‘Golden Goal’ (prorrogação com morte súbita), porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que a França, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time brasileiro, os primeiros gols. O Sr. Joseph Blatter, novo presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe brasileira, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à França num momento das mais altas taxas de desemprego jamais registradas naquele país, que serão agravadas pela recente introdução do euro (moeda única européia) e o mercado comum europeu (ECC). 

Garantiu, também, ao Sr. Ricardo Teixeira, através de seu tio, João Havelange, que o Brasil teria seu caminho facilitado para o pentacampeonato de 2002. Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol! 

O Vaticano é o verdadeiro dono da Juventus? 

Muita gente costuma dizer que o time oficial da Igreja Católica é a Juventus. E mais: que a maior campeã da história do futebol italiano pertence na verdade aos padres, bispos e cardeais da Praça de São Pedro. 

Até que ponto essa história é verdade? Será que o Vaticano realmente é dono da Juve? Não é bem assim. O clube de Turim, 32 vezes campeão italiano (34, se você considerar os títulos cassados por corrupção) e dono de duas Ligas dos Campeões, pertence desde a década de 1920 à família Agnelli. 

Os Agnelli são os proprietários de um fundo de investimento chamado Exor N.V., que possui o controle acionário de uma série de empresas importantes da Itália. Entre elas, a Fiat. E é justamente na montadora que a história da Juventus acaba cruzando com a do Vaticano. A Igreja Católica é dona de um gigantesco patrimônio, composto por terrenos, museus, pedras preciosas e obras de arte espalhadas pelo mundo todo. Ela também possui participação em várias organizações. 

E uma das empresas que fazem parte de sua carteira de investimento é a Fiat. Sim, o Vaticano possui ações da montadora, assim como a Família Agnelli. 

Logo, a história de que a Igreja Católica é a verdadeira dona da Juventus não passa de boato, ainda que seja um daqueles boatos que foram construídos a partir de uma pitada de realidade. 

Na verdade, o Vaticano é parceiro comercial do principal acionista do clube de Turim. É essa a ligação entre os católicos e o time mais vitorioso da Itália.

Post original publicado em Você Sabia Futebol

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